Os serviços de inteligência da Ucrânia afirmam que a Rússia enviou um de seus altos comandantes para atuar diretamente na Venezuela. De acordo com essas informações, o coronel-general Oleg Makarevich teria sido deslocado para o país com a missão de chefiar um contingente de militares russos encarregados de treinar e orientar as forças venezuelanas em diferentes frentes. Esse grupo, composto por mais de cem integrantes, operaria em regime de revezamento e manteria atividades contínuas no território venezuelano, ainda que de forma discreta.
Confira detalhes no vídeo:
Informações divulgadas por fontes ucranianas sugerem que a participação russa vai muito além de instruções básicas. Os militares enviados estariam capacitando tropas venezuelanas em técnicas de combate, operação avançada de drones, guerra eletrônica, coleta de informações, análise de dados e logística. Há também relatos de que especialistas russos em aeronaves não tripuladas estariam no país para ensinar o uso de drones de vigilância e ataque, elevando o nível tecnológico das forças armadas venezuelanas e ampliando sua capacidade operacional.
A nomeação de Makarevich para essa missão chama atenção porque ele teria perdido espaço na hierarquia russa após críticas relacionadas ao seu desempenho na guerra contra a Ucrânia. Seu deslocamento para a Venezuela seria uma forma de realocá-lo em um posto importante, porém distante do conflito europeu. Analistas interpretam esse movimento como parte de uma reorganização interna das forças russas e, simultaneamente, como uma tentativa de ampliar a influência de Moscou em países parceiros fora da Europa.
A atuação russa na Venezuela não é novidade, mas o envio de um general de alta patente eleva o nível da cooperação entre os dois países. Isso desperta preocupação no cenário internacional, especialmente em um momento de fortes tensões geopolíticas. Diversos governos observam com cautela qualquer avanço na capacidade militar venezuelana, já que o país mantém atritos constantes com potências ocidentais e segue alinhado às posições do Kremlin em debates globais.
Segundo a inteligência ucraniana, além do treinamento, Moscou estaria utilizando a Venezuela como um ponto estratégico fora de suas áreas tradicionais de influência. A presença contínua de equipes militares no país permitiria à Rússia manter um posto avançado no hemisfério ocidental, algo que provoca incômodo particular nos Estados Unidos. Essa movimentação fortaleceria a rede de alianças que o Kremlin busca consolidar em regiões onde pode atuar politicamente e militarmente com menor resistência do Ocidente.
Para o governo de Nicolás Maduro, essa parceria representa uma oportunidade de reforçar a estrutura de defesa. Com restrições financeiras, sanções e dificuldades para modernizar suas armas, a Venezuela vê o suporte russo como uma chance de recuperar capacidade bélica e ampliar seus recursos de dissuasão.
Embora as informações ainda não tenham sido verificadas de forma independente, já que partem de uma agência de inteligência envolvida em guerra, o tema já suscita discussões. O episódio adiciona mais um capítulo ao complexo tabuleiro geopolítico que conecta a América do Sul, os interesses militares da Rússia e o conflito no Leste Europeu.
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