VÍDEO: PARLAMENTARES PREPARAM PLANO PARA REAGIR À POSSÍVEL PRISÃO DE BOLSONARO


Parlamentares aliados de Jair Bolsonaro articulam uma estratégia forte para reagir a uma possível prisão do ex-presidente. A mobilização envolve ocupações simbólicas no Congresso, pressão política e reivindicações legislativas, numa articulação que reflete a tensão crescente entre poderes e a polarização no país.


Em um ato de protesto, deputados e senadores da oposição passaram a noite inteira nas mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado. Eles mantiveram turnos rotativos para ocupar fisicamente os espaços de comando das Casas, exigindo que sejam votadas propostas que eles mesmos classificam como “pacote da paz”. A ocupação permanente tem o objetivo de obstruir os trâmites parlamentares até que pautas consideradas cruciais por esse grupo sejam levadas a debate.

Entre os pontos mais urgentes defendidos por esses parlamentares estão a anistia ampla para os que participaram dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o impeachment de Alexandre de Moraes — ministro do Supremo Tribunal Federal — e uma proposta de emenda à Constituição para extinguir o foro privilegiado. Para eles, é vital garantir que os apoiadores de Bolsonaro, hoje sob risco de punições, tenham proteção legal, bem como controlar os mecanismos institucionais que podem ser acionados contra aliados.

Os líderes dessa articulação justificam a mobilização como uma resposta à tentativa de criminalizar o bolsonarismo. No discurso deles, a possível prisão do ex-presidente não representa apenas uma sanção judicial, mas um ataque à corrente política que ainda concentra força significativa no Congresso. A tática de ocupação das mesas diretoras tem o claro objetivo de demonstrar poder institucional e de visibilidade: manter a atenção da mídia, da base bolsonarista e pressionar pela adoção de propostas favoráveis.

Essa estratégia política também busca controlar o risco de uma escalada jurídica que vá além da figura de Bolsonaro. Ao defender a anistia ampla, os parlamentares visam abranger não apenas o ex-presidente, mas também aliados diretos e simpatizantes envolvidos nos episódios de janeiro. Para eles, reconhecer esses presos como “inimigos do Estado” seria um erro grave e poderia consolidar uma narrativa de perseguição institucional.

Além disso, a demanda por impeachment de Alexandre de Moraes se insere numa lógica de contestar a legitimidade das decisões judiciais mais duras contra Bolsonaro. Para esses parlamentares, “limitar” o poder do STF seria um passo necessário para resguardar liberdades políticas que, segundo suas vozes, estão sob ameaça. Já a proposta de emenda para abolir o foro privilegiado vem como instrumento para tornar a responsabilização de agentes públicos menos seletiva — ao menos na visão desse grupo.

Essa mobilização parlamentar também tem um peso simbólico elevado: enviar um recado de resistência, demonstrar que parte significativa do Legislativo está pronta para reagir se a prisão de Bolsonaro for concretizada. A estratégia reflete não apenas divergências sobre o mérito legal, mas uma disputa entre visões diferentes de poder, justiça e equilíbrio institucional.

Se esse plano for bem-sucedido, pode gerar consequências duradouras na política brasileira. A articulação de anistia, impeachment e reforma constitucional configura uma ofensiva ampla para proteger uma base ideológica. Ao mesmo tempo, expressa o temor de que a prisão de Bolsonaro possa marcar o ponto de virada contra o bolsonarismo — e essas ações parlamentares querem evitar justamente essa virada.

Em resumo, os parlamentares bolsonaristas não esperam passivamente por uma eventual prisão: eles já se organizam para reagir dentro do Congresso, usando obstrução, pressão legislativa e simbolismo institucional para tentar evitar que Bolsonaro seja isolado politicamente ou penalizado sem amparo de sua bancada.


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