VÍDEO: IBGE DE LULA LANÇA MAPA-MÚNDI INVERTIDO

 


O IBGE divulgou uma nova versão do mapa-múndi que virou assunto no país e no exterior. Em vez do modelo tradicional usado há décadas, o instituto apresentou um mapa invertido, colocando o hemisfério Sul na parte superior e o Brasil exatamente no centro da imagem. A proposta não é apenas alterar a posição dos continentes. A intenção é provocar uma reflexão sobre a forma como o mundo é representado e sobre quem costuma ocupar as posições de destaque nessas representações.


A mudança visual chama atenção de imediato. A América do Sul aparece no topo, com o Brasil ganhando destaque central. A África surge mais próxima da área superior, enquanto Europa e América do Norte passam para a parte inferior. O IBGE defende que essa inversão busca questionar a visão geográfica que coloca sempre os países do hemisfério Norte como referência principal, reforçando a centralidade econômica e cultural deles no imaginário global.


O lançamento do mapa foi feito em português e em inglês, como parte de uma estratégia de comunicação internacional. O instituto tem aproveitado o momento de maior visibilidade do Brasil em debates globais. O país está à frente de blocos como BRICS e Mercosul e também é o anfitrião da COP30. Usar o mapa invertido nesse contexto serve como gesto político e simbólico, reforçando a ideia de que o chamado Sul Global quer ocupar um espaço mais relevante nas discussões internacionais.


De acordo com o IBGE, o objetivo é propor uma “descolonização do olhar”. Em vez de seguir a lógica histórica que coloca o Norte “acima” e o Sul “abaixo”, o mapa convida a pensar o mundo sob outra perspectiva. A inversão não altera dados geográficos, distâncias ou proporções gerais. A mudança é puramente na disposição visual, mas carrega uma mensagem forte sobre protagonismo e identidade geopolítica.


Outro ponto destacado pelo IBGE é que o mapa destaca países com os quais o Brasil mantém cooperação intensa, como os que integram o BRICS, o Mercosul e as nações de língua portuguesa. O mapa também evidencia com mais clareza áreas ligadas à Amazônia, que é uma pauta central nas discussões da COP30.


A nova versão já está disponível para compra na loja do instituto em vários tamanhos, desde modelos menores, como o formato A3, até versões maiores para uso educacional e institucional. O material faz parte das ações do espaço criado pelo IBGE em Belém para as atividades paralelas da COP30, onde são promovidos debates, oficinas e apresentações.


A iniciativa tem repercutido de várias maneiras. Para alguns, é um gesto simples, mas poderoso, que questiona a maneira como a geografia é apresentada e como isso influencia o modo como percebemos o mundo. Para outros, é apenas uma mudança estética. O fato é que o mapa invertido cumpre seu papel principal: gerar discussão e fazer o público pensar sobre a lógica tradicional que coloca sempre o Norte no topo. A proposta reforça a busca do Brasil por mais voz nas pautas globais e pela valorização do Sul Global como parte importante do cenário internacional.

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