Uma grande mobilização tomou as ruas da Cidade do México e terminou em confronto depois que parte dos participantes tentou ultrapassar barreiras de segurança instaladas diante do Palácio Nacional. A manifestação, que começou como um ato público contra a violência e a insegurança que assolam o país, reuniu uma multidão formada principalmente por jovens. O movimento ganhou força após a morte de um prefeito que vinha defendendo medidas mais rígidas contra o crime organizado, o que ampliou a revolta e incentivou milhares a participar do protesto.
A concentração inicial ocorreu no tradicional Anjo da Independência, ponto comum de manifestações na capital mexicana. Muitos marcharam com bandeiras nacionais, cartazes com críticas ao governo e símbolos culturais usados por grupos jovens como forma de expressão. O percurso seguiu em direção ao Zócalo, onde fica o Palácio Nacional, sede do governo federal. No caminho, a marcha ocorreu de maneira pacífica, embora com discursos duros contra autoridades e cobranças por ações mais eficazes na área de segurança pública.
A situação mudou ao chegar às proximidades do palácio. Um grupo menor, alguns encapuzados, começou a pressionar as barreiras de metal colocadas para impedir aproximação. Eles arremessaram pedras e objetos, tentando forçar a retirada do bloqueio. Policiais posicionados atrás das estruturas reagiram imediatamente, criando um clima tenso que rapidamente se transformou em confronto direto.
As forças de segurança dispersaram os manifestantes mais agressivos com gás lacrimogêneo e equipamentos de contenção. O uso desses dispositivos gerou correria e confusão nas imediações da praça. Pessoas que estavam ali apenas para protestar pacificamente também acabaram atingidas, o que aumentou a tensão. Enquanto isso, policiais tentavam reorganizar o cordão de proteção e afastar os grupos que insistiam em avançar.
O resultado da confusão foi um grande número de feridos, tanto entre agentes quanto entre manifestantes. Centenas precisaram de atendimento por conta da inalação de gás, escoriações e impactos de objetos. Vários policiais sofreram ferimentos mais graves e precisaram ser levados a hospitais. As autoridades também efetuaram prisões de pessoas que participaram diretamente dos atos de hostilidade contra o patrimônio e contra a tropa.
A presidente do país criticou publicamente a violência registrada e afirmou que protestos devem ocorrer sem causar danos ou colocar vidas em risco. Ela ainda levantou a hipótese de que o movimento teria recebido influência de grupos políticos interessados em desestabilizar sua gestão. Essa declaração gerou debate, pois muitos participantes negaram qualquer vínculo partidário e afirmaram que a frustração da juventude é genuína, motivada pela sensação de abandono diante do crescimento da criminalidade.
Entre os manifestantes, o sentimento predominante é de revolta contra o avanço do crime, contra a impunidade e contra a incapacidade do governo de responder de forma convincente. Muitos jovens afirmam que perderam a confiança nas instituições, que não veem melhora real na segurança e que as mortes de autoridades e civis mostram que o problema se agrava. Para eles, a manifestação é um pedido por mudanças profundas.
Embora a marcha tenha começado com tom pacífico, o confronto final escancarou o nível de tensão vivido no país. A mobilização, marcada por grande participação popular, deixou claro que a insatisfação está longe de diminuir e que o debate sobre violência e políticas de segurança continuará central na vida política mexicana.
VEJA TAMBÉM:
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Aviso: garanta acesso ao nosso conteúdo clicando AQUI, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.