O governo do Rio de Janeiro anunciou uma nova fase no combate ao crime organizado, com foco em ações mais estruturadas e na integração entre diferentes esferas do poder público. O governador Cláudio Castro informou que o plano busca retomar territórios dominados por facções criminosas e milícias, além de garantir que o Estado permaneça presente nas comunidades após as operações policiais. O projeto prevê o envolvimento do governo federal e apoio logístico das Forças Armadas, especialmente do Exército, em operações estratégicas.
O plano inclui a solicitação formal de apoio ao governo federal por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite o emprego das Forças Armadas em situações de grave ameaça à segurança pública. Nesse formato, o Exército não atuará diretamente em confrontos, mas dará suporte operacional, como transporte de tropas e uso de veículos blindados, reforçando a estrutura das polícias estaduais. A proposta é que as ações sejam iniciadas em áreas de menor complexidade, com o objetivo de recuperar gradualmente regiões dominadas por facções.
Entre os locais prioritários, estão comunidades da capital e da região metropolitana, como São Gonçalo, Vila Kennedy, Antares e Mangueirinha. Nessas áreas, a presença do Estado é fraca e o domínio de grupos criminosos interfere no cotidiano dos moradores. O governo quer começar a reverter esse cenário com operações planejadas e sustentadas, evitando a prática de incursões pontuais, que historicamente não trazem resultados duradouros.
Além da dimensão militar, o governador ressaltou que o enfrentamento ao crime precisa ser acompanhado por políticas sociais. A ideia é levar às comunidades serviços públicos, escolas, saúde, programas de geração de emprego e oportunidades econômicas. O objetivo é que os moradores tenham acesso a condições que reduzam a dependência de estruturas criminosas. O governo também defende a necessidade de articulação entre município, estado e União para garantir a continuidade das ações, sem que elas sejam interrompidas por disputas políticas.
O plano será apresentado ao Supremo Tribunal Federal, que determinou a criação de uma estratégia ampla para reocupar áreas dominadas pelo tráfico e pelas milícias. A previsão é que o documento contenha metas, prazos e definição de responsabilidades. O governo espera que as primeiras ações práticas ocorram ao longo de 2025, com acompanhamento permanente das autoridades federais.
Apesar do otimismo oficial, o desafio é imenso. O Rio de Janeiro enfrenta há décadas um problema estrutural de segurança, agravado pela falta de presença estatal constante. As facções e milícias não apenas controlam o tráfico de drogas, mas também exploram serviços essenciais, como internet, gás e transporte alternativo, criando uma economia paralela dentro das comunidades. Romper esse ciclo exige mais do que ações policiais — é preciso garantir a permanência do poder público e reconstruir a confiança da população.
O governo afirma que está preparado para um enfrentamento prolongado e que essa nova etapa representa uma virada na política de segurança do estado. O sucesso do plano, no entanto, dependerá da capacidade de manter as operações integradas, oferecer alternativas sociais reais e garantir que as comunidades não voltem a ser abandonadas após as ações de ocupação. Essa combinação de força e presença social será decisiva para definir se o projeto será apenas mais uma tentativa ou, de fato, o início de uma mudança duradoura no Rio de Janeiro.
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