VÍDEO: DEFESA DE BOLSONARO FAZ NOVO PEDIDO A MORAES



 A defesa de Jair Bolsonaro enviou um novo pedido ao ministro Alexandre de Moraes para tentar garantir que o ex-presidente permaneça em casa, sob justificativa de necessidade médica. Os advogados afirmam que o quadro de saúde dele é frágil e inclui diversos problemas que exigem acompanhamento frequente. Segundo eles, Bolsonaro enfrenta hipertensão, apneia do sono, complicações digestivas, infecções recentes e sequelas deixadas pelo ataque que sofreu em 2018, como dores abdominais e episódios constantes de soluços. Além disso, apontam que há diagnósticos de lesões de pele que precisam de observação contínua. A defesa sustenta que todas essas condições tornam inadequado o cumprimento de pena em um ambiente prisional comum.


O pleito apresentado ao Supremo ocorre justamente no momento em que cresce a discussão sobre a possibilidade de Bolsonaro ser levado para um presídio federal. Os advogados insistem que essa mudança colocaria o ex-presidente em risco, tanto pela falta de estrutura apropriada quanto pela necessidade de atendimentos médicos frequentes. O argumento central é que a permanência dele em prisão domiciliar, ou até mesmo em um modelo específico de custódia humanitária, seria a única forma de garantir que receba tratamento adequado e mantenha estabilidade clínica.


A equipe jurídica anexou laudos médicos que detalham as enfermidades e descrevem episódios de desconforto e agravamento do quadro. Também mencionam a necessidade de exames constantes, como tomografias, endoscopias, ultrassons e avaliações respiratórias. A defesa ressalta que, mesmo quando autorizou Bolsonaro a comparecer a hospitais, Moraes estabeleceu que isso fosse feito com monitoramento eletrônico, o que, segundo eles, mostra que é possível conciliar o acompanhamento médico com o cumprimento da pena.


Apesar disso, o ministro tem negado solicitações recentes do ex-presidente em outras frentes. Ele rejeitou tentativas de ampliar prazos processuais, recusou pedidos para revisar medidas restritivas e manteve a obrigação do uso de tornozeleira. Para os advogados, isso mostra que o novo pedido precisa ser analisado sob um recorte exclusivamente humanitário, e não como um movimento para flexibilizar regras previamente impostas.


Bolsonaro já acumula uma condenação pesada, que ultrapassa duas décadas de prisão, e ainda responde a outros processos. Caso esgotados os recursos disponíveis, pode ser obrigado a cumprir sentença em regime fechado. Essa perspectiva aumentou a pressão da defesa para tentar assegurar que ele permaneça em casa, ao menos enquanto seu estado de saúde for considerado delicado.


O novo pedido tenta demonstrar que a condição física do ex-presidente não comporta os desafios de um ambiente prisional tradicional. A defesa alega que uma eventual transferência para um presídio poderia agravar problemas respiratórios e digestivos e dificultar o acesso imediato a atendimento emergencial, o que, segundo eles, representaria risco real à vida de Bolsonaro.


Agora, o processo volta às mãos de Moraes, que deverá decidir se o pedido será aceito ou rejeitado. A determinação pode definir os próximos passos da situação jurídica do ex-presidente e influenciar diretamente a forma como ele cumprirá a pena.

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