VÍDEO: BELÉM ENFRENTA PROBLEMA INUSITADO DURANTE COP30


Belém está passando por uma situação constrangedora enquanto recebe a COP30. A cidade, escolhida para sediar um dos maiores encontros mundiais sobre clima, acabou expondo problemas antigos que sempre afetaram a população, mas que agora ficaram ainda mais evidentes com a presença de delegações de vários países. A capital paraense convive há décadas com dificuldades estruturais, principalmente nas áreas mais baixas, onde faltam saneamento e drenagem adequada. Com a chegada das chuvas fortes, esses pontos críticos sofreram ainda mais.


Grande parte dos moradores vive em regiões chamadas de baixadas, locais sujeitos a alagamentos frequentes. A rede de esgoto é limitada, muitos canais estão deteriorados e as águas da chuva voltam rapidamente para dentro das casas. Para uma cidade que está no centro das discussões sobre meio ambiente e adaptação climática, essa realidade gera um contraste evidente entre o discurso e o dia a dia da população.


O governo federal destinou uma verba robusta para preparar Belém para o evento. Foram anunciadas obras de pavimentação, revitalização de espaços públicos, intervenções nos principais pontos de alagamento e investimentos em saneamento. Apesar disso, há dúvidas sobre a real capacidade dessas melhorias de resolver problemas tão antigos. Muitos especialistas dizem que, sem uma mudança profunda na forma como a cidade lida com seu território, as obras podem ter pouco efeito a longo prazo.


Outra crítica recorrente é que os projetos se concentraram em áreas mais visíveis, enquanto comunidades periféricas continuam sofrendo com enchentes, sujeira e falta de infraestrutura. Moradores dessas regiões afirmam que a atenção dada à cidade se intensificou apenas por causa da COP30, mas que, no cotidiano, o atendimento às necessidades básicas continua falhando. Isso reforça a sensação de abandono histórico, agora contrastado com investimentos que, na prática, não chegam para quem mais precisa.


Além da questão urbana, Belém enfrenta um impacto social significativo. A preparação para o evento fez os preços de imóveis e aluguéis subirem rapidamente. Hotéis, casas e apartamentos próximos dos locais da conferência tiveram aumento de procura, e isso se espalhou para o restante da cidade. Famílias que já tinham dificuldade para pagar moradia passaram a enfrentar um custo de vida ainda mais alto. Para muitos, a COP30 trouxe melhorias visíveis apenas para visitantes, enquanto os moradores lutam para manter suas despesas.


O tema também desperta alertas sobre desigualdade e injustiça ambiental. Grupos que atuam na proteção de comunidades vulneráveis lembram que os problemas de Belém não se restringem ao clima: envolvem também falta de saneamento, risco de desabamento, insegurança alimentar e abandono do poder público. A discussão ambiental, segundo eles, precisa estar ligada à realidade dessas pessoas, que sentem diretamente os efeitos das chuvas e das enchentes.


No fim, Belém vive um paradoxo. É vista como símbolo da Amazônia e anfitriã de uma conferência global sobre sustentabilidade, mas enfrenta desafios básicos que comprometem a qualidade de vida de milhares de moradores. A COP30 escancara que, antes de ser vitrine para o mundo, a cidade precisa resolver seus próprios problemas estruturais e sociais para realmente avançar em direção a um futuro mais sustentável e justo.


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