VÍDEO: ALCOLUMBRE ROMPE COM LULA E AMEAÇA GOVERNO COM PAUTA-BOMBA


Davi Alcolumbre, presidente do Senado e figura influente no União Brasil, parece romper com o presidente Lula em meio a uma disputa política intensa. A faísca para esse confronto teria sido a recente indicação de Jorge Messias, advogado-geral da União, para o Supremo Tribunal Federal — uma escolha que não agradou Alcolumbre, que preferia outro nome. Depois do anúncio, ele reagiu anunciando a votação de uma “pauta-bomba” para pressionar o governo e demonstrar seu descontentamento.


A proposta em questão é o Projeto de Lei Complementar 185/2024, que trata da aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. Para Alcolumbre, essa pauta não é apenas técnica: ela carrega grande peso simbólico e político. Se aprovada, tem potencial para aumentar substancialmente os gastos públicos, segundo estimativas que variam bastante — parte dos analistas fala em valores expressivos para os cofres do Planalto.


O movimento de Alcolumbre é interpretado por muitos como retaliação direta. Ao defender essa pauta agora, ele estaria enviando uma mensagem clara ao Palácio do Planalto: não aceita imposições sem reagir. Especialmente porque, segundo ele, não foi previamente informado sobre a indicação de Messias, algo que parece tê-lo irritado demais para ignorar.


Para justificar a pauta, Alcolumbre argumenta que é uma demanda legítima para uma categoria de trabalhadores que muitas vezes é invisibilizada. Defende que esses agentes — que atuam na ponta da saúde pública — merecem reconhecimento por meio de regras previdenciárias mais vantajosas, já que seu trabalho é duro e sua jornada pode ser desgastante. Mas a escolha do momento reforça que o tema é também uma arma de negociação política.


Além disso, o presidente do Senado adota um discurso de conflito institucional: ele afirma que o Legislativo não pode ser tratado como mero subordinado do poder Executivo. Para ele, o Senado deve ter voz ativa e ser respeitado nas suas pautas. Ele sugere que, se o governo não dialogar, ele usará as ferramentas que tem para impor seu ponto de vista — mesmo que isso implique pressionar o orçamento.


A reação de Alcolumbre não ocorre isolada. Outros sinais mostram que o clima entre o Congresso e o Executivo se deteriorou. Críticos apontam que essa “pauta-bomba” poderia provocar uma onde de insatisfação mais ampla, alimentando tensões entre parlamentares e o governo. Já aliados de Alcolumbre veem a estratégia como legítima: dar visibilidade a demandas estruturais enquanto se corrige escolhas feitas sem negociação.


Do lado do governo, há preocupação: aprovar esse projeto poderia criar um problema fiscal relevante, onerando as contas públicas num momento sensível. Por outro lado, recuar diante da pressão seria admitir perda de força política. É um cálculo arriscado para ambas as partes.


No cenário mais amplo, o episódio reflete um momento de fragilidade na coalizão governista. A relação entre Lula e Alcolumbre, que em algumas fases parecia cooperativa, agora mostra fissuras. Essa disputa pode marcar uma virada na governabilidade, com o Senado assumindo postura mais combativa.


Se a pauta realmente for votada e aprovada, pode gerar consequências duradouras: além do impacto orçamentário, pode alterar a dinâmica de poder entre Executivo e Legislativo. Alcolumbre parece disposto a jogar pesado para defender seus projetos e sua autonomia. Para ele, não é apenas sobre aposentadoria: é sobre reivindicar espaço institucional.


Em resumo, o que se desenha é um choque entre o Senado sob o comando de Alcolumbre e o governo de Lula. Ao ameaçar aprovar uma pauta que ele mesmo chama de “bomba”, Alcolumbre deixa claro que não vai aceitar decisões unilaterais do Palácio do Planalto — e está pronto para usar seu peso político para influenciar os rumos do país.


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