Um grande apagão deixou milhões de pessoas em várias regiões de Cuba completamente no escuro, causando transtornos generalizados e expondo mais uma vez a fragilidade da infraestrutura elétrica do país. O blackout ocorreu de forma repentina e se espalhou rapidamente, interrompendo o fornecimento de energia em cidades grandes, comunidades menores e áreas rurais. Moradores relataram que a queda de luz começou no fim da tarde, avançou pela noite e provocou paralisia em serviços básicos, comércio e transportes.
O sistema elétrico cubano opera há anos em condições críticas, com equipamentos antigos, redes deterioradas e falta de manutenção adequada. A situação se agravou com a escassez de combustível e de peças para reparos, agravada pelas restrições econômicas e pela dificuldade do país em modernizar suas usinas. Quando ocorre uma falha em um ponto da rede, o risco de efeito dominó aumenta, e foi justamente isso que aconteceu neste novo episódio.
Hospitais tiveram de ativar geradores de emergência. Alguns conseguiram manter apenas setores essenciais funcionando. Unidades de pronto atendimento operaram com iluminação mínima, e equipes médicas relataram dificuldades para manter equipamentos sensíveis em operação. Em várias regiões, serviços de internet e telefonia ficaram intermitentes ou pararam completamente, ampliando a sensação de isolamento entre a população.
O comércio também foi afetado. Lojas fecharam mais cedo, mercados ficaram no escuro e muitas pessoas correram para comprar água mineral e alimentos que não dependessem de refrigeração. Restaurantes que ainda funcionam com gás tentaram atender clientes às pressas, enquanto estabelecimentos que dependem exclusivamente de energia elétrica suspenderam as atividades imediatamente. Em bairros residenciais, famílias passaram horas sem ventilação, sem eletrônicos e sem acesso à informação, enfrentando calor forte e incerteza.
O transporte urbano também sofreu impacto. Trens, ônibus elétricos e linhas que dependem de sistemas automatizados pararam. Em algumas áreas, semáforos deixaram de funcionar, causando congestionamentos e acidentes. O apagão pegou motoristas de surpresa, e muitas ruas ficaram completamente escuras, aumentando riscos de assaltos e colisões.
Para muitos moradores, o que aumenta a frustração não é apenas a duração da falha, mas a frequência com que episódios desse tipo se repetem. Apagões longos são cada vez mais comuns, especialmente em períodos de maior demanda. A população reclama da falta de previsibilidade, da demora na resposta e da ausência de melhorias no sistema.
Autoridades locais informaram que equipes técnicas foram enviadas para identificar a origem exata da falha. As primeiras informações apontam para problemas em linhas de transmissão que conectam regiões centrais ao restante do país. A sobrecarga em determinados trechos teria provocado um desligamento automático como medida de segurança, mas a rede não conseguiu se recuperar de forma gradual, o que ampliou o apagão.
Enquanto técnicos trabalham para restabelecer o fornecimento, milhões de cubanos aguardam sem saber quando a energia será totalmente retomada. O episódio reforça o cenário de instabilidade energética do país e reacende o debate sobre a necessidade urgente de investimentos, modernização do sistema e alternativas que reduzam a dependência de uma infraestrutura cada vez mais vulnerável.
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