Um alto funcionário do governo de Donald Trump, o vice-secretário de Estado Christopher Landau, fez duras críticas à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, que ordenou prisão domiciliar para Jair Bolsonaro. A manifestação oficial dos Estados Unidos expõe preocupações diplomáticas sérias e acusações de que a Justiça brasileira está sendo usada para sufocar a oposição.
A carta ou nota pública do Departamento de Estado, mais especificamente do Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, acusa Moraes de usar as instituições judiciais para calar vozes contrárias ao governo. Na avaliação de Landau, aplicar mais limitações à liberdade de Bolsonaro para se expressar e defender-se publicamente representa um mau uso da Justiça. Ele afirma que, em vez de reforçar a democracia, a medida ameaça a estabilidade política no Brasil.
No comunicado, os EUA familiarizam a decisão de Moraes com uma violação de direitos humanos. Para o vice-secretário, restringir ainda mais a capacidade de Bolsonaro falar ao público é um erro grave. A declaração enfatiza que os Estados Unidos responsabilizarão aqueles que apoiarem ou facilitarem a ordem de prisão, indicando que poderão haver consequências diplomáticas e até sanções contra autoridades brasileiras envolvidas.
Landau foi além das críticas formais: chamou a ordem de prisão de “provocativa e desnecessária”, apontando que Bolsonaro já estava em prisão domiciliar e sob rígida vigilância antes da nova decisão. Segundo ele, a escalada judicial surge como uma medida simbólica, mais voltada para desgastar o ex-presidente politicamente do que para garantir o cumprimento de medidas legais.
A crítica não veio apenas de forma institucional. Em sua fala, Landau afirmou que a decisão de Moraes “trouxe descrédito à Suprema Corte” brasileira. Para ele, a politização de processos jurídicos, sobretudo contra figuras políticas, mina a confiança no sistema judiciário. Ele ressalta que, se a Justiça se torna instrumento de perseguição, a democracia corre risco.
Essa manifestação do governo Trump surge em meio a uma tensão crescente entre os Estados Unidos e o Judiciário brasileiro, especialmente porque o ministro Moraes já sofreu sanções dos norte-americanos sob a Lei Magnitsky, por supostas violações de direitos humanos. O episódio reforça a pauta de intervencionismo diplomático: os EUA deixam claro que acompanham de perto o caso Bolsonaro e não descartam medidas adicionais contra autoridades brasileiras que colaborarem com o que consideram perseguição judicial.
A reação de Landau e outros membros do governo Trump reforça a narrativa bolsonarista de que houve abuso de poder por parte da Justiça brasileira. Para muitos aliados de Bolsonaro, o fato de um membro importante do governo americano se manifestar dessa forma reforça a tese de que a prisão tem uma motivação política, não apenas jurídica.
Ao mesmo tempo, a resposta dos Estados Unidos aumenta a pressão sobre o Judiciário brasileiro, mostrando que a comunidade internacional está monitorando atentamente os desdobramentos do caso. A crítica de Landau também serve como mensagem para outros países conservadores, que podem interpretar a prisão de Bolsonaro como um alerta sobre a fragilidade de líderes direitistas frente a instituições judiciais adversas.
Em resumo: o vice-secretário americano Christopher Landau pegou pesado ao condenar a ordem de prisão imposta por Moraes, afirmando que se trata de um ataque à democracia brasileira, e avisando que os EUA não permanecerão inertes diante de ações que, para ele, ferem os princípios do Estado de Direito.
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