Durante a COP30, em Belém, o ex-deputado Arthur do Val, mais conhecido como “Mamãe Falei”, protagonizou uma forte discussão com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O confronto se intensificou depois que ele fez críticas à organização do evento, além de comentários sobre a culinária paraense. No vídeo que circula nas redes, Arthur critica o preço da comida no local da conferência e chega a classificar alguns pratos como “horrorosos”, o que gerou reações negativas imediatas entre os participantes.
Ao se aproximar da ministra Anielle para fazer perguntas, Arthur adotou um tom provocativo e questionou sua presença ali. A resposta dela foi firme e direta: ela o acusou de assediador e o desafiou a compreendê-la melhor antes de falar. A ministra afirmou que só lhe daria ouvidos quando ele demonstrasse respeito pelas mulheres, em uma crítica contundente que ganhou repercussão instantânea. Segundo ela, Arthur sempre teve uma postura agressiva nas relações com mulheres, e sua presença ali levantava dúvidas legítimas.
O bate-boca acabou chamando atenção da organização da COP30. Arthur alegou que suas credenciais para a cobertura do evento foram suspensas por causa dos vídeos que publicava, considerados ofensivos pelas autoridades locais. Essa suspensão, segundo ele, foi motivada por reclamações da própria ministra Anielle Franco e também do ministro Guilherme Boulos, com quem ele também teria tido desentendimentos na conferência. Arthur disse que a justificativa dada pela organização foi de que ele teria tocado em pessoas durante a gravação de seus vídeos, algo que ele nega.
No seu relato público, ele afirmou que não houve violência física e que nunca empurrou ninguém. Segundo ele, a medida de suspender sua credencial seria uma tentativa de silenciar suas críticas sobre a COP, especialmente no que dizia respeito à discrepância entre o discurso do evento e a realidade da cidade-sede. Arthur afirmou que pretende continuar mostrando, por meios independentes, o que ele considera serem contradições: a grandiosidade da conferência versus a infraestrutura, os valores praticados dentro do evento e a vida cotidiana de Belém.
A tensão entre Arthur e a ministra trouxe à tona debates maiores sobre liberdade de imprensa, limites da provocação política e o papel de figuras controversas em eventos diplomáticos. Para críticos, a postura dele foi desrespeitosa, enquanto ele e seus aliados afirmam que a reação das autoridades reforça um cerceamento ao direito de questionar e fiscalizar.
Além da discussão direta, o caso ainda levantou reflexões sobre como eventos de grande visibilidade — como a COP30 — podem servir tanto para diálogos construtivos quanto para confrontos ideológicos. A presença de influenciadores políticos como Arthur evidencia que a cobertura da conferência não é feita apenas por especialistas ambientais, mas também por figuras midiáticas interessadas em gerar polêmica.
No fim, a situação se tornou um dos momentos mais lembrados da COP30 e acabou simbolizando as dificuldades de conciliar ativismo climático com disputas políticas internas. Arthur “Mamãe Falei” tentou usar a conferência para criticar o poder, mas acabou desafinado com parte do discurso progressista que a COP também representa. A reação da ministra Anielle Franco mostrou que nem todo questionamento é bem-vindo, especialmente quando vem de quem tem histórico de polêmicas, e acendeu discussões sobre a adequação da provocação política em espaços diplomáticos.
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