VIDEO: LULA E TRUMP RESPONDEM JORNALISTAS ANTES DE REUNIÃO


Na véspera da reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (do Brasil) e Donald Trump (dos Estados Unidos), realizada no contexto da 47.ª cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Kuala Lumpur, Malásia, os dois líderes responderam à imprensa num breve encontro prévio, com tom de diplomacia calculada e sinais de tensão latente.


Lula buscou demonstrar otimismo com os desdobramentos da futura conversa bilateral, enfatizando que o Brasil está disposto a dialogar com os EUA em temas comerciais e regionais. Ele realçou a importância de que o país seja ouvido como potência regional na América do Sul, com papel próprio e autonomia. Em paralelo, indicou que o tema das tarifas americanas sobre produtos brasileiros estava na pauta, admitindo certa irritação frente às medidas já em vigor que, segundo sua equipe, partem de premissas equivocadas.


Trump, por sua vez, manteve uma postura menos explícita, dizendo que o encontro havia sido “bom” e que havia potencial para acordo, mas sem compromisso firme ou cronograma definido. Em dado momento, reagiu com impaciência às perguntas da imprensa — classificou algumas como “entediante(s)”, chegou a despedir‐se rapidamente e resistiu a continuar no diálogo com repórteres, o que gerou comentários sobre comportamento incomum para uma entrevista pré‐reunião diplomática.


O formato do atendimento à imprensa também chamou atenção: a abordagem inicial teve a participação de jornalistas, mas houve conflito técnico quanto ao credenciamento e controle de acesso. A comitiva brasileira relatou desconforto com o procedimento de entrada definido pelos americanos, e Lula solicitou que se encerrasse aquilo para dar início ao diálogo privado. A interação com imprensa durou cerca de nove minutos e foi encerrada a pedido do presidente brasileiro.


Embora o foco central da reunião fosse comercial — com destaque para as tarifas elevadas impostas pelos EUA aos produtos brasileiros —, ambos anteciparam que a agenda incluiria temas mais amplos. Lula mencionou que o Brasil se disponibilizava a contribuir com os EUA em questões da América Latina, como o caso da Venezuela, destacando que Brasília tem experiência regional que merece ser considerada. Já Trump evitou aprofundar esses pontos diante dos microfones, limitando-se a afirmar que negociações adicionais seriam necessárias, sem abrir mão de que “vamos ver” o que vai acontecer.


Na atmosfera visível à imprensa, ficou claro que há reconcilição possível entre os dois países, porém com condições. Lula transmitiu certo grau de confiança — recebeu de Trump a garantia verbal de que haverá acordo “mais rápido do que se pensa”, segundo sua leitura. Mas Trump ainda manteve em aberto se realmente algo será concretizado nesta rodada. Para analistas, isso significa que a retórica prévia à reunião visava gerar clima positivo sem, de fato, travar compromissos definitivos.


O Brasil observa que os EUA aplicaram tarifas elevadas sob argumento de emergência econômica, o que foi interpretado como ataque a sua autonomia. Por isso, o fato desses dois líderes se encontrarem e falarem à imprensa indica uma mudança de tom. Mesmo assim, o aperto técnico do processo — credenciamento da imprensa, duração limitada, gestos de impaciência — sugere que ambos perceberam sensível a balancear imagem pública e negociada.


Em última análise, o atendimento à imprensa antes da reunião foi menos uma simples declaração diplomática e mais uma peça estratégica: Lula firmou posição de parceiro firme e autônomo; Trump manteve abertura, porém sob controle. O encontro privado que se seguiu agora terá que converter esse tom em avanço concreto — especialmente se quiser resolver a disputa tarifária, impulsionar cooperação comercial e definir futuro da relação bilateral. O primeiro teste sólido transcorre nos próximos dias, quando se verá se apenas boa vontade se transforma em política concreta.



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