Uma filmagem recente mostra com detalhes os bastidores da preparação para a megaoperação policial realizada no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, revelando como as forças de segurança montaram o cerco antes do início oficial das ações.
No vídeo, observa‑se a movimentação de equipes de operações especiais e o posicionamento prévio de viaturas blindadas em acessos estratégicos. Policiais aparecem consultando mapas, recebendo instruções via rádio e aplicando equipamentos de comunicação antes de adentrar as comunidades. Há cenas de logística intensa: distribuição de coletes à prova de bala, alinhamento de tropas nas laterais de caminhos de morro e articulação entre unidades aéreas — drones e helicópteros — e equipes em solo.
Também se registra bloqueio de vias de acesso aos morros, onde barreiras improvisadas foram erguidas e equipes de apoio foram posicionadas para interceptar fugas. As imagens mostram rodovias adjacentes sendo ocupadas por blindados, enquanto guarnições aguardavam o sinal para avançar. O planejamento aparente inclui pontos de controle fixos e variáveis, com comunicação em tempo real entre os comandos e as tropas.
Outro aspecto que a filmagem evidencia é a preparação logística: ambulâncias e unidades médicas de prontidão são instaladas próximas às áreas‑chave para eventual evacuação rápida; zonas de apoio com suprimentos, munição e alimentação foram implementadas; e há registro de equipes de inteligência digital monitorando, por meio de câmeras e interceptações, deslocamentos suspeitos pré‑operação.
A sequência de eventos mostra que as forças policiais não partiram de surpresa total, mas de uma operação cuidadosamente preparada. O reconhecimento das rotas de fuga, o mapeamento de esconderijos em morros e a articulação entre as polícias civil e militar parecem ter sido etapas essenciais. A filmagem registra momentos de briefing final antes do lançamento da operação: oficiais conferindo status, checando comunicação e perguntando “tudo pronto?” antes da ordem.
Entretanto, o vídeo também sugere tensão prévia entre segurança pública, comunidades e representação social. A câmera registra acessos já bloqueados, moradores que se aglomeram para observar a movimentação das forças e placas informativas que indicam escolas e centros de saúde fechando antes das 6h. Isso indica que a preparação incluiu decisões de impacto à rotina local, como suspensão de transporte comunitário, desvio de linhas de ônibus e fechamento de serviços públicos na região afetada.
Não há na filmagem, porém, reconhecimento claro dos riscos humanos que a operação acarretaria: não se mostram as consequências para moradores, apenas o aparato, o planejamento e a execução inicial. A opacidade quanto à intervenção sobre moradias, condições de acesso seguro para civis e medidas de proteção à população vulnerável fica evidente. A preparação técnica é notável; o olhar sobre o impacto social é quase ausente.
Em última análise, a filmagem dos bastidores revela que a megaoperação não foi um ato espontâneo ou improvisado, mas resultado de articulação complexa, destacando logística territorial, tecnologia de vigilância e coordenação entre forças. O que permanece em aberto é o balanço entre eficiência policial e respeito aos direitos dos moradores das regiões visadas — ponto que se mostra crítico em meio às consequências reportadas após a ação.
Clique aqui para ter acesso ao livro O Brasil e a pandemia de absurdos, escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores sobre os absurdos praticados durante a pandemia de Covid-19, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, inconstitucionalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Aviso: nós do blog Pensando Direita estamos sendo perseguidos por políticos e seus assessores nos grupos de WhatsApp! Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.